O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Desenham-se nos contornos do rosto o desejo escondido,aromas de luz e de sombras albergadas nas esquinas do sentir
Sentir a imensidão da ternura,o toque aveludado dos dedos,a convulsão do desejo guardado na efémera epiderme,albergue da paixão e das memórias e dos dias
Singela a pureza,singela a escuridão das sombras que escondem a verdade ,a verdade de querer.de querer sempre prolongar o odor do perfume dos amantes
Querer ser a luz projetada nas linhas do rosto,querer ser o amor que teimosamente se aspira nas pétalas da verdade , desabrochando aos poucos,como uma rosa purpura que se trás junto ao coração
Gostar do odor ,do gosto da terra que se evapora nas crateras,do odor da terra em plena noite de verão,gostar de ti como uma lua prateada que ilumina
os corpos cansados da entrega.E respirar isto tudo no silêncio do olhar escondido,num rosto saciado e pleno das noites que foram de desejo e entrega.
E continuar a ser a luz ,a sombra,o amor e o desejo,e voltar ao mesmo lugar,onde se mistificam os corpos nos altares onde apenas uma pequena luz jorra, e ser palavra e poema,e ser rosa e diadema.
E ser eu e tu ,na vertigem de uma noite de estrelas cadentes .....
São Gonçalves.

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