O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

quarta-feira, 13 de março de 2013

Não era só de dias e de noites que desenhava nos cantos da eterna caminhada.

Eram de estações que se sobrepunham nas camadas da pele,de dores alheias ,

de silêncios continuos e desesperados,onde as palavras ,não significavam os

... gestos de carinho que esperava.

Caminhava,sempre na perfeita sintonia com o tempo que lhe era dado viver.

Talvez soubesse que nada fora em vão,que as dores,as suas e as dos outros,seriam sempre

a força inspiradora da sua paixão.

Caminhava um caminho de trilhos ousados,umas vezes conhecia-lhes os desígnios ,outra vezes ignorava os porquês.

Caminhar com a pele desnuda,ou camuflada não era agora uma prioridade.

a prioridade era saber que na soma das presenças e das ausências,das palavras e dos silêncios,das alegrias e das tristezas,na soma das estações o interior

guardava a coragem dos dias sem fim.


São Gonçalves

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