Tela-Edite Melo.
Como uma gaivota rasgo a noite
no sonâmbulo cansaço dos dias adormecida
Traço os mistério do universo
com cores imaginarias
o negro da noite transfigura-se
mistura-se nas penas brancas
com que me visto
na alvorada de mais um novo renascer.
Trago nas asas a ternura dos dias felizes
nesse abraço que ficou por dar.
São Gonçalves.
O silencioso canto das aves migratórias
sábado, 28 de setembro de 2013
Caiem chuvas de estrelas na noite escura
a solidão e a dor iluminadas no crespusculo do tempo
É outono,mas é de inverno que geme o meu corpo cansado.
Palmilho distancias virgens,atalhos verdes de sentires
amarga-se o desgosto na ponta dos dedos
a ausência é agora um fio traçado a rubro.
Olho o céu deste fim de tarde outonal
todos me dizem-------------procura- --------
Mas eu ainda te sinto demasiado nas represas
que se abriram no meus olhos
para te ver longe do meu rosto.
São Gonçalves
a solidão e a dor iluminadas no crespusculo do tempo
É outono,mas é de inverno que geme o meu corpo cansado.
Palmilho distancias virgens,atalhos verdes de sentires
amarga-se o desgosto na ponta dos dedos
a ausência é agora um fio traçado a rubro.
Olho o céu deste fim de tarde outonal
todos me dizem-------------procura-
Mas eu ainda te sinto demasiado nas represas
que se abriram no meus olhos
para te ver longe do meu rosto.
São Gonçalves
Voltas ao centro da terra
não esta, mas a que iluminas
no interior dos teus silencios
num ritual de equinócios repetidos
que se auguram na primeira vez,
em que contemplaste a luz do mundo
metamorfoses entre o corpo, a alma
sem religião sem credos definidos
nos corações da humanidade
mas na comunhão perfeita com os elementos da natureza....
São memórias que trazes decalcadas
no tempo das memórias
como as sombras
na corrosão do tempo....
Abraças solenemente o mundo antigo,
soltas-te deste presente,
num laço de magia, procurando a paz...
Convocas as forças divinas
parábolas e centenárias
que emanam das árvores,
as cores alternam-se em tonalidades,
na alternancia das estações
paletas sonhadoras,
apaziguadoras dos temores.
Esqueces então
a passagem terrena
sobrevoas o impossível
e beijas a tua mais fiel protectora,
a Deusa da humanidade
a matriz do mundo,
o teu ventre,
a Natureza envolvente.
Trazes no corpo e na alma
toda a resistência feminina
nas marcas das amazonas....
São Gonçalves&JC Patrão
não esta, mas a que iluminas
no interior dos teus silencios
num ritual de equinócios repetidos
que se auguram na primeira vez,
em que contemplaste a luz do mundo
metamorfoses entre o corpo, a alma
sem religião sem credos definidos
nos corações da humanidade
mas na comunhão perfeita com os elementos da natureza....
São memórias que trazes decalcadas
no tempo das memórias
como as sombras
na corrosão do tempo....
Abraças solenemente o mundo antigo,
soltas-te deste presente,
num laço de magia, procurando a paz...
Convocas as forças divinas
parábolas e centenárias
que emanam das árvores,
as cores alternam-se em tonalidades,
na alternancia das estações
paletas sonhadoras,
apaziguadoras dos temores.
Esqueces então
a passagem terrena
sobrevoas o impossível
e beijas a tua mais fiel protectora,
a Deusa da humanidade
a matriz do mundo,
o teu ventre,
a Natureza envolvente.
Trazes no corpo e na alma
toda a resistência feminina
nas marcas das amazonas....
São Gonçalves&JC Patrão
Tela-Edite Melo
Na solidão da noite caminhas-te
no interior do universo,construis-te sonhos invisíveis
foste criança sem rosto,perdida nas quimeras do mundo
sempre sem rosto,olhando as estrelas desse teu universo!
Na solidão da noite te tornas-te mulher
Olhas-te os homens com o reflexo que o espelho te mostrava
umas vezes com desdém...outras com amor
tanto amor que quase te perdes-te
para sempre nas sendas agrestes dos sentimentos.
Não foram os homens que te ensinaram a amar
haverias de te perder e encontrar
sempre caminhando pela vida,
altiva às vezes
outras, quase tombando com o peso das decepções.
E haverias de te erguer
sempre na solidão de um universo
sombrio
com a luz das estrelas longínquas
haverias de traçar rotas novas
sempre novas e renovadoras
como as quimeras que te acompanharam
nas longas noites de infância.
São Gonçalves
Na solidão da noite caminhas-te
no interior do universo,construis-te sonhos invisíveis
foste criança sem rosto,perdida nas quimeras do mundo
sempre sem rosto,olhando as estrelas desse teu universo!
Na solidão da noite te tornas-te mulher
Olhas-te os homens com o reflexo que o espelho te mostrava
umas vezes com desdém...outras com amor
tanto amor que quase te perdes-te
para sempre nas sendas agrestes dos sentimentos.
Não foram os homens que te ensinaram a amar
haverias de te perder e encontrar
sempre caminhando pela vida,
altiva às vezes
outras, quase tombando com o peso das decepções.
E haverias de te erguer
sempre na solidão de um universo
sombrio
com a luz das estrelas longínquas
haverias de traçar rotas novas
sempre novas e renovadoras
como as quimeras que te acompanharam
nas longas noites de infância.
São Gonçalves
Tela-Edite Edite Melo
Amanheces em mim nas ondulações do teu corpo
quente e terno.
amanheces nos afagos de brisas douradas
cortando a maciez da noite.
Amanheces em mim nesse torpor de corpos
descansados do amor
nessa vaga de emoções arrepiando a pele.
Amanheces em mim como um voo de borboleta colorida
iluminado a sombra da flor
em tempo de entrega cúmplice com os odores
das laranjeiras em flor.
São Gonçalves.
Amanheces em mim nas ondulações do teu corpo
quente e terno.
amanheces nos afagos de brisas douradas
cortando a maciez da noite.
Amanheces em mim nesse torpor de corpos
descansados do amor
nessa vaga de emoções arrepiando a pele.
Amanheces em mim como um voo de borboleta colorida
iluminado a sombra da flor
em tempo de entrega cúmplice com os odores
das laranjeiras em flor.
São Gonçalves.
Abaixo do meu plano
há um mundo cinzento
só de um sentido,
figuras perdidas
descendo a curva da vida
numa intensidade absurda
perdidos numa amalgama
de sons ,imagens,
segmentos obscuros
por onde seguem
peregrinos,
os escravos preferidos do tempo…
Afasto-me do caos das cidades
contemplo a vida vista de cima
sem medo ,longe da desordem
inconsciente do mundo
não me sinto insegura
neste esconderijo
sopro ...respiro...aspiro
desenho em círculos
a imaterialidade da vida
ascendo um pouco mais alto
a uma distância,
por vezes insegura,
sustenho a respiração
num sopro quente
enquanto guardo,
num balão de ar quente,
todas as minhas inconsciências…
Sinto me rainha do meu corpo
num equilibro abstracto
a vida...a morte...a imaterialidade
a passagem do tempo
guardado num só sopro
sopro leve quente...
Quente como eu.
rubro como o meu sangue
concentrado num balão de sentimentos.
Jc Patrão&São Gonçalves
há um mundo cinzento
só de um sentido,
figuras perdidas
descendo a curva da vida
numa intensidade absurda
perdidos numa amalgama
de sons ,imagens,
segmentos obscuros
por onde seguem
peregrinos,
os escravos preferidos do tempo…
Afasto-me do caos das cidades
contemplo a vida vista de cima
sem medo ,longe da desordem
inconsciente do mundo
não me sinto insegura
neste esconderijo
sopro ...respiro...aspiro
desenho em círculos
a imaterialidade da vida
ascendo um pouco mais alto
a uma distância,
por vezes insegura,
sustenho a respiração
num sopro quente
enquanto guardo,
num balão de ar quente,
todas as minhas inconsciências…
Sinto me rainha do meu corpo
num equilibro abstracto
a vida...a morte...a imaterialidade
a passagem do tempo
guardado num só sopro
sopro leve quente...
Quente como eu.
rubro como o meu sangue
concentrado num balão de sentimentos.
Jc Patrão&São Gonçalves
Tela-Edite Edite Melo
Palmilho os dias na sequência das horas
o tempo atira-me num centro gravitacional
amálgamas de historias contadas
de vidas revisitadas,na vivacidade
dos muros quentes de verão.
Não sei de que tapeçaria
se tece a cor da alma
não sei se é de laranja ou de negro
sei apenas que morro nasço e re-nasço
nas encruzilhadas das emoções.
Finjo acreditar num mundo melhor
ou é apenas a minha visão
fruto constante da minha imaginação.
São Gonçalves
Palmilho os dias na sequência das horas
o tempo atira-me num centro gravitacional
amálgamas de historias contadas
de vidas revisitadas,na vivacidade
dos muros quentes de verão.
Não sei de que tapeçaria
se tece a cor da alma
não sei se é de laranja ou de negro
sei apenas que morro nasço e re-nasço
nas encruzilhadas das emoções.
Finjo acreditar num mundo melhor
ou é apenas a minha visão
fruto constante da minha imaginação.
São Gonçalves
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Escrevi o silêncio em longas noites de insónia
amei-te nas paginas de um livro
onde repousavas ,sem rosto para te tocar
Alberguei ausências,tantas ausências
no meu corpo de mulher
trazia-te sempre comigo,nos dias quentes de verão
nas longas noites frias de inverno.
Bem sei que um dia desapeguei-me
cortei todos os laços que ainda me prendiam ao passado
chorei lágrimas negras de dor
guardei sentires para sempre em sótãos .
Senti durante anos a tua ausência
o peso das memorias depositou na minha boca
um gosto amargo de fel.
Dizes-me agora com a tua voz frágil que te esqueci...
Se soubesses...se ao menos pudesses sentir
que a lonjura foi o equivoco de tantas ausências
das minhas...das tuas...dos laços rompidos
aos poucos .
trago-te ainda colada ao meu corpo
nesse fio invisível que nos uniu
e que nos unirá para lá deste tempo.
Silencio as palavras ,arranco ao rosto
o meu melhor sorriso
e entendo nesta minha alma de mulher
o desencanto dos teus dias sofridos.
Imensos estes signos que nos afastam aos poucos
imensos e dolorosos os corpos que se afastam
da matriz do mundo.
São Gonçalves.
amei-te nas paginas de um livro
onde repousavas ,sem rosto para te tocar
Alberguei ausências,tantas ausências
no meu corpo de mulher
trazia-te sempre comigo,nos dias quentes de verão
nas longas noites frias de inverno.
Bem sei que um dia desapeguei-me
cortei todos os laços que ainda me prendiam ao passado
chorei lágrimas negras de dor
guardei sentires para sempre em sótãos .
Senti durante anos a tua ausência
o peso das memorias depositou na minha boca
um gosto amargo de fel.
Dizes-me agora com a tua voz frágil que te esqueci...
Se soubesses...se ao menos pudesses sentir
que a lonjura foi o equivoco de tantas ausências
das minhas...das tuas...dos laços rompidos
aos poucos .
trago-te ainda colada ao meu corpo
nesse fio invisível que nos uniu
e que nos unirá para lá deste tempo.
Silencio as palavras ,arranco ao rosto
o meu melhor sorriso
e entendo nesta minha alma de mulher
o desencanto dos teus dias sofridos.
Imensos estes signos que nos afastam aos poucos
imensos e dolorosos os corpos que se afastam
da matriz do mundo.
São Gonçalves.
FotoAntónio Santos Silva.
Na calmaria da tarde afastam-se as tempestades de inverno
o tempo passa calmo no leito do rio,silencioso o espaço
a ternura que abraça as margens,e o beijo do verde nas encostas
embala a passagem da estação.
Sinto-te barco à vela ,atravessando tempo
longínquo...sempre longínquo do meu olhar .
Afago a passagem ,abraço a distancia
e deixo-te partir nessa mudez que atravessa séculos
nessa imperceptivel calmaria de ser ancoradouro no meu corpo.
São Gonçalves.
Na calmaria da tarde afastam-se as tempestades de inverno
o tempo passa calmo no leito do rio,silencioso o espaço
a ternura que abraça as margens,e o beijo do verde nas encostas
embala a passagem da estação.
Sinto-te barco à vela ,atravessando tempo
longínquo...sempre longínquo do meu olhar .
Afago a passagem ,abraço a distancia
e deixo-te partir nessa mudez que atravessa séculos
nessa imperceptivel calmaria de ser ancoradouro no meu corpo.
São Gonçalves.
Pressinto a luz beijando a maciez das pétalas desabrochando
Pressinto o tempo lutando com as folhas de outono.
Pressinto a nostalgia das horas
O cansaço dos dias em fuga.
Pressinto o tempo dos figos maduros.
Do fogo que arde sem parar
Queimando a pele e o desejo
Pressinto. ..e silêncio. ..
As cadências da cor.
São Gonçalves.
Pressinto o tempo lutando com as folhas de outono.
Pressinto a nostalgia das horas
O cansaço dos dias em fuga.
Pressinto o tempo dos figos maduros.
Do fogo que arde sem parar
Queimando a pele e o desejo
Pressinto. ..e silêncio. ..
As cadências da cor.
São Gonçalves.
Olho-te deste lado,sombra iluminada de raios solares.
Sinto-te na serenidade dos traços
na comunhão com a natureza exuberante.,
nesse mar que um dia já foi nosso
nessa ternura gravada na nossa memória.
Olho-te e penso
nunca te escrevi um poema
uma palavra que testemunhasse
a eterna ligação da amizade.
Quando te vejo assim
figura silenciosa na entrada das vagas
sei que estou ai
nesse fim de tarde,debaixo desse céu
que um dia nos acolheu..
Olho-te e sei que estarás para sempre
nas minhas silenciosas palavras
albergando saudade.
São Gonçalves.
Sinto-te na serenidade dos traços
na comunhão com a natureza exuberante.,
nesse mar que um dia já foi nosso
nessa ternura gravada na nossa memória.
Olho-te e penso
nunca te escrevi um poema
uma palavra que testemunhasse
a eterna ligação da amizade.
Quando te vejo assim
figura silenciosa na entrada das vagas
sei que estou ai
nesse fim de tarde,debaixo desse céu
que um dia nos acolheu..
Olho-te e sei que estarás para sempre
nas minhas silenciosas palavras
albergando saudade.
São Gonçalves.
Foto-Ana Souto Matos.
Beijas-me devagar na metamorfose dos dias
na fragilidade das raízes que te abraçam.
Pertences-me na nudez do mundo
na entrega subtil dos amores-perfeitos.
Perfeita a cor que me pintas os dias
e iluminas as minha noites
perfeitos o aromas adocicados
salpicando os lábios.
Pertences-me na passagem das estações
na liberdade de te saber
ave migratória no meu corpo.
São Gonçalves
Beijas-me devagar na metamorfose dos dias
na fragilidade das raízes que te abraçam.
Pertences-me na nudez do mundo
na entrega subtil dos amores-perfeitos.
Perfeita a cor que me pintas os dias
e iluminas as minha noites
perfeitos o aromas adocicados
salpicando os lábios.
Pertences-me na passagem das estações
na liberdade de te saber
ave migratória no meu corpo.
São Gonçalves
Ainda trago nas mãos
a cor da infancia
abraços de ti
guardados no meu peito.
A invenção dos dias
a companhia das noites
a ternura amassada
em alguidares
encostados a parede
da casa em ruinas.
Quando me lembro de ti
volto à magia
do mundo sem horas
dos rituais matinais
dos sinos marcando o tempo.
Volto a feminilidade agreste
deusas guardadas no interior
do mundo rural
escondidas do olhar doentio
dos homens rudes.
Quando me lembro de ti
é a memoria dos odores
que me transportam para lá
de mim.
São Gonçalves.
a cor da infancia
abraços de ti
guardados no meu peito.
A invenção dos dias
a companhia das noites
a ternura amassada
em alguidares
encostados a parede
da casa em ruinas.
Quando me lembro de ti
volto à magia
do mundo sem horas
dos rituais matinais
dos sinos marcando o tempo.
Volto a feminilidade agreste
deusas guardadas no interior
do mundo rural
escondidas do olhar doentio
dos homens rudes.
Quando me lembro de ti
é a memoria dos odores
que me transportam para lá
de mim.
São Gonçalves.
Foto-Antonio Mattozzi.
Inabalável esta paz que desce agora sobre mim
neste silencio de vozes ausentes...tão ausentes
Tão silenciosamente guardadas algures
numa ilha escondida nas brumas.
Impenetrável este meu mundo vestido de azul e branco
esta minha sede de me unificar a beleza infinita do mundo.
De marés e de mares escrevo em palavras
o dessassego dos dias
afundo-me nas entranhas de um oceano vasto e profundo.
azul sempre azul
a superfície onde me repouso agora.
Não me assusta a solidão do meu canto
Não me abato neste local isolado de mundo
de vozes alterando o encanto das águas.
Ah! Como me sinto tão em paz neste lugar seguro
Ah! Como renasço no azul do céu e do mar
e no branco das asas de uma gaivota fugidia.
São Gonçalves
Inabalável esta paz que desce agora sobre mim
neste silencio de vozes ausentes...tão ausentes
Tão silenciosamente guardadas algures
numa ilha escondida nas brumas.
Impenetrável este meu mundo vestido de azul e branco
esta minha sede de me unificar a beleza infinita do mundo.
De marés e de mares escrevo em palavras
o dessassego dos dias
afundo-me nas entranhas de um oceano vasto e profundo.
azul sempre azul
a superfície onde me repouso agora.
Não me assusta a solidão do meu canto
Não me abato neste local isolado de mundo
de vozes alterando o encanto das águas.
Ah! Como me sinto tão em paz neste lugar seguro
Ah! Como renasço no azul do céu e do mar
e no branco das asas de uma gaivota fugidia.
São Gonçalves
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