O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

No espaço da memória 
Há um lugar de silêncios 
De palavras não ditas 
O teu nome desenhado 
No lamento dos salgueiros 
No aroma da maresia.

Estendem -se sentimentos na alquimia das águas,
Na magia das cores rendilhadas de ternura.

Calam - se as vozes dos homens
O desapego é um nó
Que não se desata da garganta.
Tanta luz ainda no descer da noite
Tanto caminho para percorrer
E a tua voz desenhada
No movimento das águas.
Não há escuridão nesta terra
Nem sombras que não encontrem pontos de luz.

Embalas a terra, nessa serenidade transcendente,
De quem tem sempre histórias para contar.
Não há caminhos que tragam o abraço do berço,
Apenas esta luz , este mar , este sal ,
De quem contempla o crepúsculo
Da memória.

São Gonçalves. 

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