No espaço da memória
Há um lugar de silêncios
De palavras não ditas
O teu nome desenhado
No lamento dos salgueiros
No aroma da maresia.
Estendem -se sentimentos na alquimia das águas,
Na magia das cores rendilhadas de ternura.
Calam - se as vozes dos homens
O desapego é um nó
Que não se desata da garganta.
Tanta luz ainda no descer da noite
Tanto caminho para percorrer
E a tua voz desenhada
No movimento das águas.
Não há escuridão nesta terra
Nem sombras que não encontrem pontos de luz.
Embalas a terra, nessa serenidade transcendente,
De quem tem sempre histórias para contar.
Não há caminhos que tragam o abraço do berço,
Apenas esta luz , este mar , este sal ,
De quem contempla o crepúsculo
Da memória.
São Gonçalves.
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