Dá -me alguma coisa que não morra
A sensualidade do gesto que toca e deixa na pele o rasto de luz a pigmentação do amor derradeiro.
Dá -me o fogo e a paixão
A vontade de viver com todos os sentidos despertos.
A imensidão do mar, a cor dos teus olhos.
Dá -me a chave com que possa abrir o cofre onde guardas os enigmas da fealdade do mundo e nele possa depositar o meu segredo de mulher.
São Gonçalves.
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