Guardas do dia a luz
Num sobressalto
Escondes toda a tua nudez
Vagueias pelas noites escuras
Perdida na voracidade da noite
Na tua sombra
Corres, avanças, sem medo
O abismo não te amedronta
As noites sem claridade.
Guardas uma metade de luz
Uma metade de sombra
Um pedaço de vida
um pedaço de morte
Um corpo cristalizado entre as profundezas
E a noite cerrada.
Aceitas o estremecer do corpo
A penumbra a desfazer -se
As horas, os dias, as semanas
A metamorfose das estações.
Suportas a alternância dos equinócios,
A magia enigmática de uma noite sem o beijo prateado da lua.
Agora, lua nova, mensageira dos mais soberanos mistérios sagrados.
São Gonçalves
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