Tocar o silêncio com os dedos , sentir a dor a soprar no peito,
O pesadelo do mundo, a vontade asfixiante de realidade.
Essa crueza a invadir o pequeno quarto. O corpo exausto,
O rodopiar cristalino da respiração
O ardor da solidão
Inscrita na pele
Na ponta dos dedos
No embaciado da janela.
Olhar o mundo lá fora esperando por ti, a ausência das palavras
Da tua boca nada floresce
É inverno no corpo e no descampado do espaço onde gravitas. Ouves os silvos do vento, cordas musicais a vibrarem dentro peito.
Na ponta dos dedos o silêncio desenhando a coreografia do vazio.
São Gonçalves.
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