Subtrai -se ao medo o arquétipo do entendimento, a beleza deixou de ser um fenómeno intocável, aniquilam-se as máscaras de belezas artificiais, véus de seda a confundir o olhar, no inconfundível brilho a afrontar o entendimento dos homens.
Tanto mundo, tanto universo ainda a desbravar, não há beleza efémera que substitua a profunda estética da realidade intocável.
Se de mitos se constrói a originalidade primeira do mundo, narrativas seculares a fundamentar a evolução do universo, não é na razão que se modelam o ideal dos sonhos.
Subjaz ainda no inconsciente da humanidade a visão de mundos paralelos, o mito do intocável transcendente. A metafisica a explicar o inexplicável. Teorias vastas narrando as profundezas e a imensidão estelar.
Dualidades platónicas a explicar o significado da sombra e da luz.
O ideal de um mundo à procura de sentido.
São Gonçalves Coletânea Livro Aberto 2017
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