Abro agora uma janela nova para o mundo
Devagar, tão vagarosamente indezivel, este abrir de sentidos adormecidos no colo do meu corpo.
Entre a dualidade da luz e das trevas, caminho, um caminho feito de silêncios e de abraços, de partidas e chegadas, de nuvens cobrindo o céu dos meus passos.
Às vezes chove, e o meu coração inundado tristeza abriga - se numa imagem qualquer de felicidade da qual já não tenho memória.
Mas agora, agora há esta janela rasgada no céu, este espelho de luz e de sombras onde dança a minha alma ferida, ansiando um momento de redenção.
A tempestade afasta - se lentamente num ondular de sentidos adormecidos.
São Gonçalves.
Foto - Camilo Rego
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