Estes últimos tempos tenho assistido à partida definitiva de vários jovens, uns mais próximos que outros, contudo todos eles prematuramente, deixando a vida das suas famílias vazias e dores imensuráveis.
Como aceitar a morte de um filho, de um amigo, de um jovem que ainda não viveu a sua vida, que tinha ainda tanto para cumprir?
Como aceitar que o ciclo da vida inverta os tempos e roube às suas mães os filhos que as vezes com tanto sacrifício puseram no mundo?
Como olhar a tristeza infinita no olhar de uma mãe órfã do seu filho? Como consular um amigo que perdeu o seu apoio moral e social?
Tantas perguntas que poderiam ser feitas, e não haveria nenhuma resposta capaz de preencher tantos vazios por entre as palavras e os silêncios…
Aceitar, é o verbo mais usado nestes casos, mas só isso não chega para uma mãe que acabou de perder o filho, aceitar o incompreensível, aceitar que roubaram a vida à carne da sua carne, aquele que deveria estar perto quando as suas pernas já não suportassem o peso dos anos e da vida….
Aceitar, mesmo que leve muitos anos, não chega para preencher o vazio e acalmar a dor.
Parte da sua vida acaba ali, naquele dia, naquela hora, naquele fatídico acidente que lhe roubou parte da sua alma…mas é preciso continuar, e continuar implica ganhar forças e enfrentar de novo o mundo, com o olhar dorido, o coração em pedaços, continuar carregando no rosto as marcas do desgosto.
E há de novo a procura do sentido da vida, e esse sentido passará sempre pelos caminhos do filho, pela memória dos afetos.
Penso que uma mãe só sobrevive à morte de um filho quando a memória se torna o caminho a percorrer, encontrar o sentido nas mãos de um amigo presente, naquilo que ele representava, na perpetuação do amor, dos afetos, da vontade de viver.
Um filho nunca morre, contínua nos cantos da casa vazia, nas sombras da parede, na lembrança do seu sorriso, num abraço que ficou por dar… no prato favorito, nas pequenas manias…na roupa preparada para o fim-de-semana, mas que ele nunca chegou a vestir…
Os filhos continuam sempre vivos na memória das mães.
São Gonçalves.
Como aceitar a morte de um filho, de um amigo, de um jovem que ainda não viveu a sua vida, que tinha ainda tanto para cumprir?
Como aceitar que o ciclo da vida inverta os tempos e roube às suas mães os filhos que as vezes com tanto sacrifício puseram no mundo?
Como olhar a tristeza infinita no olhar de uma mãe órfã do seu filho? Como consular um amigo que perdeu o seu apoio moral e social?
Tantas perguntas que poderiam ser feitas, e não haveria nenhuma resposta capaz de preencher tantos vazios por entre as palavras e os silêncios…
Aceitar, é o verbo mais usado nestes casos, mas só isso não chega para uma mãe que acabou de perder o filho, aceitar o incompreensível, aceitar que roubaram a vida à carne da sua carne, aquele que deveria estar perto quando as suas pernas já não suportassem o peso dos anos e da vida….
Aceitar, mesmo que leve muitos anos, não chega para preencher o vazio e acalmar a dor.
Parte da sua vida acaba ali, naquele dia, naquela hora, naquele fatídico acidente que lhe roubou parte da sua alma…mas é preciso continuar, e continuar implica ganhar forças e enfrentar de novo o mundo, com o olhar dorido, o coração em pedaços, continuar carregando no rosto as marcas do desgosto.
E há de novo a procura do sentido da vida, e esse sentido passará sempre pelos caminhos do filho, pela memória dos afetos.
Penso que uma mãe só sobrevive à morte de um filho quando a memória se torna o caminho a percorrer, encontrar o sentido nas mãos de um amigo presente, naquilo que ele representava, na perpetuação do amor, dos afetos, da vontade de viver.
Um filho nunca morre, contínua nos cantos da casa vazia, nas sombras da parede, na lembrança do seu sorriso, num abraço que ficou por dar… no prato favorito, nas pequenas manias…na roupa preparada para o fim-de-semana, mas que ele nunca chegou a vestir…
Os filhos continuam sempre vivos na memória das mães.
São Gonçalves.
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