Por onde andam os homens do futuro?
O presente é um templo sem nome
Homens de cabeça perdida
Construindo castelos no vazio do espaço
Uma muralha erguida de luzes e sombras
Cidades emergindo de guerras ancestrais
Ardem ao longe fogos imensos
O calor de astros longínquos
Num manto de fino de neblinas opacas.
Trazem a vida e o futuro nas mãos
Os homens vestidos de ausências e utopias
Trazem os astros
A claridade dos sonhos
O aconchego das luas claras…
Por andam os homens do futuro?
Esses que que ainda carregam nas mãos
Os segredos das luas cheias
A transformação dos ideais e das crenças
Numa terra à deriva!
Homens de mãos cheias de ternura e de luz!
São Gonçalves.
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