O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Cerca-me este desejo de liberdade,este doce cântico das aves migratórias

a vontade de ser ave rasando as águas de um rio por inventar.

E esta sede de mundo que trago no peito,e este mar imenso

... o infinito horizonte ,a vontade de voar.

Longas asas abraçando o mar,o tempo,a vontade de ficar.

Silenciosas a brisas que por mim passam,nesta madrugada magica

Já me perdi e me encontrei em beirais de vontades impetuosas

nessa vontade louca de ficar,no cómodo torpor dos abraços

Voo de mansinho.rasando as águas que me embalam as noites

as madrugadas frias e melancólicas,

Não viro as costas ao mundo

porque do mundo pouco vejo,sinto-lhes as tristezas

a amargura tragada a cada manhã quando o futuro

se avizinha sem esperança.

A sombra do meu corpo pouco vale,neste mar imenso

onde a luz ainda brilha contra corrente das marés,

e onde a terra é apenas um mítico desejo

de conhecer o mundo por dentro,e nada sei ...

Apenas passo por ele,por esse bocado de terra

gritando liberdade,e as crianças avidas de vida

ainda esperam do céu azul,esse pedaço de mundo

que ainda é só meu ,a alegria de sonhar.

São Gonçalves.

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