O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

domingo, 22 de julho de 2012

Extravagantes as paisagens que se perdem no profundo oceano dos meus olhos.

E eu mergulho neste mar, procuro por mim,pela vida que já vivi, no espaço, nos muros, nas janelas abertas a uma nova luz...

Sou este imenso mundo, esta casa , esta rua, a passerelle em tons azul.Meta de vidas, silhuetas pairando no espaço sideral.
...
Misturo-me com elas ,e mesmo que pareçam sombras distantes sobrepostas no meu corpo frágil, sei que são apenas memórias de um tempo que já vivi,ou talvez que ainda tenha para viver.Mas outras, a escuridão das incertezas e o vaguear das sombras nas noites de insónia.

As vezes são figuras presentes amparando os dias e a vontade de ser ...

Sobrepõe-se no meu corpo ,a luz, a sombra e o espanto de me rever nelas na luz do dia e na escuridão da noite.

Entre a luz e a sombra caminho, no refugio do tempo,nas possibilidades de um tempo próximo...o Futuro.

Nas cores da alma.este mar,este céu,este azul percorrendo as palavras e a vontade de se fundir nelas e ser apenas o pensamento a vaguear nos elementos da natureza.

Fluir na claridade dos meu olhar ...

Esquecer as palavras que rejeitam a minha vontade de ser e de estar neste mundo, libertar no imenso azul as contrariedades do tempo presente.

O cansaço das palavras inúteis.

Olhar o horizonte e ser apenas ....miragem....


São Gonçalves.
In "As sombras da Luz"
(a publicar)

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