O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

domingo, 8 de julho de 2012

No corpo do poema vesti palavras novas

soberana a vontade de renascer nas cores

telas pintadas na solidão das noites

na magia das madrugadas silenciosas.


... Tracei cada palavra no compasso da vida

cores simbólicas de ser...,sentir...amar

Renovação d'alma a cada cor ,a cada símbolo

no ventre da terra,na essência pura do recomeço..

Atravessei vidas nas cores que freneticamente percorri

na senda das metáforas,um mundo aberto de sentires,

emoções...a alma em transformação preenchendo o vazio

rasgando a escura noite,o desalento ..

.

E da cor ocre da terra renasceram esperanças novas

negros os sentimentos ou apenas a noite esperando

o clarear da madrugada .

Entre azuis e turquesas a alma revela-se em mares...

oceanos de novas promessas cavalgando na timidez do azul

a vida renascendo aos poucos num esboço traçado

no turquesa do fundo do oceano.


Desci ao fundo da tela ,procurei a essência escondida

entre o branco ainda virgem ou o vermelho do magma efervestente

e as cores metodicamente colocadas

pelas mãos do artista.


Percorri mundos,construi cidades imaginarias

no espaço da cor e na liberdade da palavra sentida

Transfigurada na pela e na alma,a dor rasgada

revisitada,na cor que nos leva à reconstrução.

Visitei ilhas de mares claros e belos

onde repousei o olhar na paz do azul do céu

na pacificadora vertigem do turquesa

espelhos d' alma que elevam o pensamento.


Na metamorfose mística entre a cor e a palavra

simbiose perfeita de dois seres em sintonia

marcou-se o tempo e o espaço na arte

serrou-se laços escondidos nos mistérios terrenos

constroiu-se promessas,a vida em movimento

pintou-se em cores e em palavras

Esperança.....Amor....Ternura.....Libertação...

São Gonçalves.

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