O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

domingo, 9 de setembro de 2012

Na imensidão do espaço ,a fragilidade do corpo vagueando,entre a grandeza do céu,da terra,do mar,na incansável busca de horizontes perdidos
e a vontade imperativa de os encontrar...encontrar-me na insensata busca da razão ...

Encontrar-me no deserto da alma,nas profundezas do ser em construção...

Longos os dias que gravitam ao meu redor,manhãs incertas onde me sinto despertar.

O corpo cansado,baila uma dança vertiginosa embalado pelos ventos que me abraçam ....amparam e ...
desenham silhuetas azuis ,sombras que se erguem num mar que se avista aos meus olhos.

A meus pés a terra brilha ,numa luminosidade que me abraça..estranha esta lonjura do mundo,estranho o vento que murmura palavras novas.

Saberei eu entende-las ,pronuncia-las neste meu mundo de imagens onde descanso o olhar, e onde o corpo se aquieta depois de todos os cansaços?

A fragilidade do corpo cede devagar aos caprichos do tempo...os meus pés vacilam,a boca emudece.
Não há palavras que explicam a vertigem...a falta de chão...a timidez dos gestos.
Grande o universo ,aqui no lugar inóspito ,aqui onde as manhãs se carregam de esperanças novas ,as sombras bebem de uma nova luz e a alma se renova em constante mutação...



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