O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

domingo, 9 de setembro de 2012

Saber da memoria que nos aquece as noites frias de inverno,saber das pontes invisíveis que nos conduzem a um tempo que já foi nosso...
Carregamos no peito os dias,as noites,as madrugadas cinzentas,o orvalho da manhã cálido e transparente,beijando as mãos do homem madrugador.
Gota a gota as palavras surgem nos dedos cansados...na solidão do momento na infinita distancia entre o pensamento e a palavra.
A inspiração é um velho barco atracado aos cais invisível,assim como são i...
nvisíveis os sonhos e a lembrança do tempo de criança.
Pontes...velhos enigmas que transportam no nevoeiro o pensamento,e as margens ali tão perto do teu olhar ...
Na fragilidade do tempo ainda percorres infinitas distancias...
As vezes já não sabes se é a bruma que te ofusca o olhar ,ou o tempo que te arrancou do peito essa vontade imensa de navegar.
Atravessar rios e florestas,ser uma figura silenciosas nas sombras da noites e na claridade fosca da manhã.Subir ao cimo da esperança e gritar a coragem...gritar as palavras que nunca foram ditas...e foram tantas...as que ainda soube ler no murmúrio dos teus lábios.
Era noite e ouvi a tua voz chamando por mim....ou era apenas um sonho do qual eu nunca queria despertar....
Se naquele momento soubesse que seria o ultimo som que soletravas no meu peito...talvez o guardasse para um dia dizê-lo nestas paginas neste meu mundo onde navego ,entre palavras ...sombras ...e esta vontade de encontrar um equilíbrio...uma ponte segura ...um cais....a segurança ou a ilusão de nunca me deixar naufragar...


In-as sombras da luz (a publicar)

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