O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

domingo, 20 de outubro de 2013

Não vou deixar o tempo fugir nos intervalos dos meus dedos,
a ternura esquecer-se na penumbra do fim de tarde
quando a noite se adentra no meu corpo exausto.
A sede das ausências cortam a pele 
rasgos feitos numa fineza invisível e cruel.
Não me quero cingir a esta imensidão de temores
albergados no fundo do olhar.
As ruas repletas de gente apressada
lembram-me as imensas obrigações diárias.
Mas eu gosto das horas tardias
onde o sossego da noite se instala
nas vielas do meu corpo.
Rasgos de noite,rasgos de luz estrelares
iluminando o meu olhar entristecido dos dias.
Entrego-me liberta a esta nostalgia fina
que que encontro na melodia temporal.
Aconchego os desejos da espera
num só sorriso redentor...

abraço-te enfim..e renasço.

São Gonçalves.

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