O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

sábado, 11 de janeiro de 2014

Disfarço os sentimentos em traços escuros
a poesia é uma ferida prestes a cicatrizar
das mãos alonga-se,o gesto invertido
a dadiva silenciosa aconchegando a alma
Não tenho medo da noite
nem dos sentimentos trasfigurados em palavras
as emoções incendeiam o corpo
mas é de negro que pinto a pele.

Escondo-me dos olhares furtivos e inquisidores
os meus olhos são agora um pedaço de terra
olhando as superfícies lunares.

Vagueio entre as luz e as sombras
entre as palavras que se fazem maduras
nas pontas dos dedos
a tinta do tinteiro espalhou-se pelas emoções
e nada mais me resta a não ser
desenhar palavras
na linhas invisiveis, rasgadas
nos sulcos traçados na pele.

São Gonçalves

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