O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A ternura renasce aos poucos na grandiosa encruzilhada da vida.
Na fragilidade secular de uma flor.
Refazem-se os passos em caminhos outrora palmilhados
no silêncio das horas vazias.
o coração despe-se das mágoas antigas
reconhece apenas os templos da verdadeira entrega.
Difíceis de entender os mistérios que nos afastam
dos caminhos da infância, onde a serenidade era o poiso dos pássaros na Primavera..
a maturidade traz agora um outro gosto
a sabedoria das horas amargas preenche os recantos da alma.
É preciso entender os deuses que nos seguram as mãos
nas horas sombrias
Entendê-los... abraçar as mensagens surdas que nos afagam o coração.

Então a ternura sagrar-se-á nos recantos da alma
mesmo que nesse instante a fragilidade do corpo
seja apenas uma flor enfrentando as tempestades da horas mortas.

São Gonçalves.

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