O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Podia acordar de um sonho ,onde as cores eram rainhas de um reino colorido.
Lembras-te do tempo em que silenciosa esperava o teu beijo,o murmúrio dos teus abraços
na noite que se ajeitava ao nosso tempo ,ao nosso sentir.
Era só nosso aquele momento,e de tão nosso esquecíamos de tudo.
Depois,depois de partires ,esquecia-me num silêncio melodioso
fundia-me na pintura das paredes,na aguarela de uma janela virada para o mar.
Ainda meia despida,dos beijos que trocamos ,nas noites em que era a a
musa nas tuas mãos delicadas de pintor,encenava um novo recomeço.
Já não era o corpo despido nas lânguidas noites
nem a sabedoria nas tuas mãos de artista.
Não era a noite,nem o dia,nem o aconchego das tuas noites
era apenas um quadro semi-acabado
de costas voltadas para ti,de rosto voltado para a janela
que tão discretamente pintavas,para eu puder
contemplar o mar.

São Gonçalves

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