O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Aconchego-me agora num mundo mais humano
a vigília do medo adormece em ventres criados na mente
Acordo de repente para a realidade dos dias
e são belos os braços que se estendem nos dias
Tantos os colos acolhedores
Tantas as palavras de luz que ultrapassam o espaço
atingem limites de lonjura
iluminando a noite mais escura.
Haveria de sentir a nostalgia das horas
haveria de sonhar em círculos de luz
e adormecer descansada das dores
em braços desenhados apenas para acalentar.
Porque me senti perdida do mundo?
porque me despi de certezas ,enquanto lá fora
se preparava tantos braços para me acolher?
Porque haveria de conhecer a noite
e a escuridão das madrugadas mais escuras....
Porque temos sempre que morrer
para renascer em outros ventres
que nos acolhem
na vertigem do crescimento
interior.

Compreender que o sofrimento
é um buraco escuro que nos liga a todos os nascimentos
e o tempo esse elo de luz que nos liga ao mundo.

São Gonçalves.

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