Aqui na solidão da casa
Já não te espero
Visitas -me sempre
Nas noites claras
És a companheira silente
O son das palavras
Escritas
Nas entrelinhas de um poema
Um livro virgem
Esperando ser lido
És o silencioso cântico
Das aves migratórias
Esperando a estação do estio.
És a estrela brilhante
Num céu de murmúrios
A memória guardada
Nos gestos simple e eternos.
São Gonçalves.
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