Planto palavras numa terra que não me pertence, e mesmo assim, agarro com as duas mãos os sítios por onde me perco.
O céu , a terra, o mar,
O mundo todo numa encruzilhada de dores e cansaços,
E a poesia dos dias
E a alma ali a a impor -se no segredo das horas vazias.
Há dias assim
Dias em que as palavras me fogem, dolorosamente por entre o silêncio e a vigília da noite.
E eu pergunto
Será isto poesia?
São Gonçalves
Foto -Dasha Friedlova
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