Sento-me à margem do tempo
numa contemplação outonal,
tardia...
desejos de encontrar o sentido
das coisas perfeitas
profundas..
Num mundo pleno de desassossego
invejas,guerras, povos desavindos
escuridão
por momentos apenas olho para dentro
para o coração da terra
mãe
ai, encontro o verdadeiro sentido
o desapego das coisas inúteis
imensidão
num rasgo de silencio
busco o sentido da vida
maravilhada
o tempo é o construtor
a dádiva divina da existência
encontro
a resignação do momento presente
a fugaz margem do devir,permanente
busca.
São Gonçalves.
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