O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

quarta-feira, 1 de março de 2017

O que fazer quando um amor da adolescência reaparece no quase morno quotidiano ? 
Como é aceitar o sonho, a vertigem calada do assombro, o terror da fragilidade?
O surrealismo do presente,a sombra do passado ? 
De repente, o corpo nu, a devastação da alma, de repente, todo o sonho, toda a ilusão de perenidade, de repente, a confiança absoluta no poder de sedução.
A fragmentação dos dias, o pensamento num complexo emaranhado de emoções, de anseios.

De repente, a morte, o olhar vazio e distante, a dor e a ausência. Num surrealismo crescente, assiste -se à morte dos sentimentos, à metamorfose do corpo.
São longos os caminhos da redenção, e um dia, acordamos na mesma cama, na mesma casa, e sabemos enfim, que tudo foi apenas imaginação.

São Gonçalves

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