O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Apesar de tudo sobra a beleza das coisas simples no meio do absurdo que são os dias de desapego. Tudo não passa de uma ilusão quando a vida nos mostra o lado amargo da existência. 
Como sonâmbulos, os homens empurram o corpo, meio enterrado na lama da desilusão. 
Chegam de todos os lados, são brancos, negros, falam línguas estranhas. Sentam- se á mesa e mastigam com dificuldade as migalhas do que sobra da mesa de quem comanda. As mulheres, de olhar triste e sonhador agarram - se ao pouco que lhes é dado como um náufrago no alto mar.
São dias estranhos estes!
São vidas que nos entram pelos olhos adentro sem dó nem piedade.
É a vida de quem espera apenas preservar um resto dignidade.

E a Rosa não deixa de mostrar que a beleza existe sempre para quem tem vontade de observar o outro lado da humanidade.

São Gonçalves 

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