O silencioso canto das aves migratórias
domingo, 22 de novembro de 2020
Ainda que se multíplicasse em outras vidas, em outras vozes, o corpo era sempre o mesmo. Cansado, extenuado dos dias cinzentos e frios.Olhava para fora do quarto, através da transparência da janela. Procurava a agitação do mundo que lhe faltava. Por vezes chegavam-lhe sons do exterior. Mas era ali, naquele espaço, que a vida se cumpria.
Procurava nos livros a definição do silêncio. A cidade interior aparecia, então, habitada de palavras e de sons, de imagens de um outro tempo. De outras eras. Vidas carregadas de sentido.
Quantas travessias haveria de realizar para se encontrar? Perguntou-se!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário