O silencioso canto das aves migratórias
domingo, 22 de novembro de 2020
Na solidão do quarto procurava as palavrasA conjugação perfeita da sintaxe
Para dizer do seu mundo
Para aclarar sombras
Dissipar medos
A explicação primordial do seu caos interior!
Não inventava nada
Ali, tudo permanecia quieto e transparente
O que fora, o que perdera
O que amara e como amara
A solidão das cidades revisitadas, cinzentas e frias
A dor da não pertença, da sublime ausência!
A metáfora do poema desvendava-a ao mundo
Sem pudor, sem preconceito!
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