O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

domingo, 22 de novembro de 2020


 Contemplo a cidade deste lado da fronteira, a luz de fim de tarde, transfigurou-se. No coração o sobressalto da nostalgia. Inquieto é o assombro que veste o olhar de matizes outonais.

A distância entre mim e a cidade revela uma inquietação surda, as palavras resurgem silenciosas e fugazes.
Somam-se os dias, os anos, a lembrança dos lugares de pertença. ainda que sejam espaços de eterna lucidez, entre a memória e o presente um desvendar de códigos infinitos.
Adentra -se o olhar nesta cidade, cruza- se com o rio e os passantes. Lugar onde o coração se perdeu em viagens eternas, onde se combateram tantas batalhas silenciosas.
E nos resguardo da história, a simbologia inata da construção do Ser em evolução.

São Gonçalves.

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