O silencioso canto das aves migratórias

O silencioso canto das aves migratórias

quarta-feira, 25 de novembro de 2020


 O que diriam os Deuses, os mitos, os fundadores das grandes filosofias ancestrais se nas cores sentissem transfigurada a sabedoria do mundo?

Contemplo a cidade abandonada e procuro nela um refúgio.
No silêncio crepuscular sinto- te presença, habitáculo da esperança, luz protectora no desamparo.
Somos almas em sintonia!
Herança de um passado longínquo!
Na cor, no traço, na transmutação da mensagem semiótica, há a sombra e a luz da natureza divina.
A arte ao serviço da imaterialidade do pensamento. É nesse espaço, silencioso e imutável que nos cruzamos.
Duas linguagens a completar- se.
Sintonias antigas a surgir na ponta dos dedos. A cor e palavra a desenhar um mundo e a cidade de pertença.
Sinto que já fizemos parte desta paisagem.
Fomos vida, forma, espírito.
Volto sempre a estas e a outras tonalidades que na abstração do pensamento materializas. E, nesse espaço, sou luz e sombra. Passado e futuro.

Encontro- me silenciosamente no teu mundo abstracto e profundo.

Sem comentários:

Enviar um comentário