O silencioso canto das aves migratórias
domingo, 22 de novembro de 2020
Extravagantes as paisagens que se perdem no profundo oceano dos meus olhos. Mergulho nesse mar. Procuro por mim, pelo que fui, no espaço, no tempo, nas janelas dos meus olhos abertos a uma nova luz...
Sou, agora, este imenso mundo, esta casa , esta rua, a passerelle em tons azul e dourado! Meta de vidas vividas, silhuetas pairando no espaço sideral.
Misturo-me com elas, e mesmo que pareçam sombras distantes, sobrepostas no meu corpo frágil, sei que são apenas memórias de um tempo passado ou vindouro! Por vezes, são também, a escuridão das incertezas, o vaguear das sombras nas noites de insónia.
Outras vezes são figuras presentes, invisiveis, amparando os dias e a vontade de ser mais que apenas matéria percorrendo os anos.
No meu corpo sobrepõe-se a luz, a sombra e o espanto de me rever nelas. Na luz do dia e na escuridão da noite.
Entre a a claridade e a obscuridade caminho, refúgio das cadências temporais. Registo nos passos o desassombro do percurso, no corpo a fragilidade de uma dança contínua com os elementos do universo.
No espelho da alma, o reflexo do oceano, esse mar, esse céu ,esse tom de azul percorrendo as palavras e a vontade de se fundir nelas e ser apenas pensamento a vaguear na força da natureza.
Fluir na claridade das vibrações do cosmo. Ser travessia, ser luz, energia unificada do cosmos!
Rejeitar o cansaço do corpo e o significado das palavras inúteis.
Olhar o horizonte, absorver toda a energia da luz, ser travessia a conduzir os mais secretos anseios!
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