Às vezes gostava de não sentir tanto e tudo tão intensamente! Os que partem , os que chegam, os que são presença e aqueles que se fazem ausência.
Não sentir tão intensamente os silêncios que magoam, ou as palavras que ferem!
Não conhecer o gosto amargo da injustiça e apenas saborear o doce sabor dos abraços.
Às vezes gostava de ser, apenas, rocha dura que nada sente. Ficar impassível olhando o passar do tempo, a passagem das intempéries, das estações.
Mas não, o seu destino é sentir, sentir tudo tão intensamente que até dói!
E essa é a mulher que mesmo assim continua... só ou acompanhada...mas não desiste.
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